Segunda-feira flagrei a eternidade
na esquina abandonada ao vento.
Vinha silenciosa acima das tumbas,
rente aos ciprestes e altares.
A que lava louça no quintal
imaginou ter sido raptada
pela sombra azul da eternidade.
Árvores crescem com o vento,
vento que nada sabe de pictogramas
impressos em tabuinhas de argila.
A que se banha na ribeira
sonha que sobe ao espaço sideral,
ou descansa se escuta sinos
que a despertam do sono de não ser.
Fernando José Karl
In Brisa em Bizâncio
Maravilhoso!
Obrigada , Adriano !
A sua visita é muito querida e a casa é de todos nós , que amamos a poesia .
Um beijão ,
Ana